A ascensão da economia brasileira atrai investidores, turbina o crescimento e também preços em mercados onde a oferta é inelástica, como o caso dos imóveis.
Entretanto, suscita algumas dúvidas também, como quanto à sustentabilidade do mercado de crédito. Mais de 30 milhões de pessoas no Brasil têm acesso a serviços financeiros, levantando questionamentos sobre quantos têm capacidade de honrar seus compromissos.
A Standard & Poor’s tem uma visão otimista dessa questão, como fica evidenciado nas palavras da analista de crédito Milena Zaniboni, que explica que não há razões para pânico , pois o Brasil ainda detém uma das maiores taxas de juros do mundo – o que restringe o crescimento do crédito. “As bolhas normalmente acontecem quando temos taxas de juros muito baixas, em que os consumidores acabam contraindo dívidas para investir em outros ativos. Mas é difícil imaginar ativos que deem retorno tão quanto as taxas de juros no Brasil”, diz ela.
Milena também descarta o risco de uma bolha de crédito no setor imobiliário. Segundo ela, o volume de financiamentos imobiliários no Brasil ainda corresponde a apenas 4% do PIB – uma fração ínfima quando comparada à dos países mais desenvolvidos, onde o total do crédito corresponde a mais de 70% do PIB. Mesmo assim, a analista da S&P lembra que sempre existem riscos quando o mercado de crédito está em franca expansão. “Sempre que vemos um grande crescimento nas carteiras de crédito, nós acreditamos que isso pode trazer junto um problema de inadimplência”, diz ela.
Ainda mais quando o mercado financeiro internacional parece disposto a fechar as torneiras novamente.
Fonte: S&P
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