A senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e da Federação da Agricultura do Estado, mostrou-se na manhã desta quarta otimista com a inclusão da hidrovia do Tocantins como obra prioritária do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal. Segundo Kátia, a presidente Dilma Roussef sensibilizou-se com os problemas que tem enfrentado a obra e, especialmente, sobre a sua importância na logística de transporte da produção, conforme apresentado por mapas e estatísticas pela presidente da CNA , na noite de ontem, no Palácio do Planalto.
Durante a audiência no Palácio do Planalto, a senadora Kátia Abreu entregou à presidente Dilma Roussef uma bandeija giratória feita com capim dourado, um terço benzido pelo Papa Bento 16 e que a Senadora trouxe de sua visita ao Papa em Roma no mês passado, um livro Bom Dia Espírito Santo e uma oração com o Salmo 91 e Efésios, capítulo XVI, Armadura de Deus.
A senadora Kátia ressalta que a prioridade dada à hidrovia trará ganhos imensos ao Tocantins e ao Brasil. Ela demonstrou a Dilma Roussef as vantagens do modal de transporte hidroviário para toda a região Norte, beneficiando ainda Piauí, o Sul do Maranhão, Bahia e os Estados da região Centro-Oeste. E, segundo Kátia, o investimento necessário é da ordem de R$ 1,66 bilhão na hidrovia do rio Tocantins, valor que pode chegar a R$ 4,88 bilhões com as obras necessárias nos portos e em outras hidrovias da região. Ela compara com o Trem Bala que está orçado em cerca de R$ 60 bilhões e que ligará Campinas (SP) ao Rio de Janeiro (RJ). “A nossa hidrovia é muito mais barata e vai possibilitar desenvolvimento a uma região que necessita de vias de escoamento de produção mais em conta, além de diminuir o custo-Brasil, teremos produtos mais baratos para o consumidor”, disse Kátia.
TOCANTINS SERIA UM DOS MAIORES BENEFICIADOS - Com a hidrovia, passariam pelo Tocantins, não somente a produção agropecuária (que apenas na região Norte/Nordeste e Centro Oeste chega a 56 milhões de toneladas) mas também produtos industrializados na Zona Franca de Manaus (AM) que hoje percorrem todo o litoral brasileiro, por cabotagem (foram 85 mil e 812 conteineres embarcados em Manaus em 2010), de uma produção industrial que beira os 1,3 milhão de toneladas (contra 3,9 milhões de todo o país) até chegar aos Estados consumidores do Sul e portos para exportação. Segundo Kátia, cerca de 60% da produção da Zona Franca poderiam ser transportados pela hidrovia, passando pelo Tocantins ao invés de seguirem por cabotagem pelo extenso litoral brasileiro.
“E isto é oportunidade de negócios no Tocantins, de geração de impostos, de emprego e renda, não só para os produtores, mas principalmente para toda a população que passa a conviver com este círculo virtuoso econômico”, disse Kátia na manhã desta quarta.
Além disso, a Senadora explica que no país, a hidrovia mais adiantada é a do Tocantins, que necessita de recursos da ordem de R$ 1,6 bilhões para ser implantada. “Falta terminar a eclusa de Lajeado, falta fazer a de Estreito e implantar a derrocagem até Belém”, salienta a Senadora informando que de Manaus a Belém os produtos industrializados seriam transportados pelo rio Amazonas.
Outra vantagem apresentada por Kátia Abreu é o fato do transporte hidroviário ser o mais barato. Hoje, o custo do transporte de uma tonelada/1 mil km é da ordem de US$ 18 pelo modal hidroviário. Já por ferrovia, o custo aumenta para US$ 26 chegando a US$ 42 pelo transporte da mesma quantidade por rodovias.
“A hidrovia vai complementar os nossos modais de transporte, onde já temos uma ferrovia e as rodovias” disse Kátia Abreu citando, como exemplo, a circulação de recursos que isto trará na economia estadual. “Só a plataforma da Petrobrás em Palmas vai movimentar mais um bilhão de litros por ano e isso tudo pode ser transportado com a utilização da logística com hidrovias e ferrovias’.
"Estou otimista com a possibilidade real de a economia do nosso Estado ser sacudida com esse movimento, com essa logística que a presidente Dilma acenou querer implantar", finaliza Kátia Abreu, salientando que afinal as hidrelétricas não podem fazer uso pleno dos rios. "É um direito da população também utilizá-lo, especialmente como meio de transporte de suas riquezas", disse Kátia Abreu que fará exposição destes argumentos no Conselho do PAC a convite da presidente Dilma nos próximos dias.
Sera' que a dilminha comeu a bandeja toda de aperitivo?
ResponderExcluirUm grande abraco, Katia
Rs...rs...rs...
ResponderExcluirOlha só, prefiro a dilminha comendo esse apertivo que o mentor dela...
Abraço.