Alguns setores da imprensa e da política estão tratando o rebaixamento da classificação de risco da dívida dos EUA em um tom alarmista muito acima do que essa atitude da Standard &Poor’s efetivamente representa. Primeiro, o Tesouro dos EUA caiu de AAA para AA+, ou seja, continua tendo uma nota altíssima.
Ocorre que, mesmo sendo uma nota elevada, ela é menor que o AAA, e isso representa dinheiro, pois os EUA, agora, terão que pagar mais juros para rolar seus papéis, o que na situação fiscal que se encontra o Tesouro americano, evidentemente, não é uma boa notícia.
Por outro lado, o reflexo concreto para os atuais detentores de títulos dos EUA, com Brasil, China, Japão, entre outros, é que esses papéis passam a valer menos. Nos próximos dias haverá provavelmente algumas oscilações nos mercados financeiros até o novo preço desses papéis acharem o equilíbrio. Os dois gráficos abaixo, vindos do Blog do Kleber, mostram os países Grau de Investimento.
E, logo abaixo, temos os que têm dívidas classificadas como Grau Especulativo.
E, logo abaixo, temos os que têm dívidas classificadas como Grau Especulativo.
Alguns economistas estão considerando que o rebaixamento dos EUA se deve a impressão decorrente do imbróglio entre Democratas e Republicanos no Congresso para elevar o teto de endividamento, o que evidenciou uma situação de risco político que não estava presente nas análises anteriores.
De qualquer forma, os Estados Unidos da América continuam sendo os Estados Unidos da América que tanto amamos e admiramos. Os EUA não acabaram em 1861 quando o Sul venceu uma batalha na Guerra Civil. Quatro anos depois o Norte saiu vitorioso e a escravidão chegou ao fim.
Os EUA também não acabaram na década de 30 do século XX, no auge da Depressão, que catapultou o desemprego para 25% e PIB caiu 47%. Novamente em 1961 os EUA pareciam superados pela União Soviética que lançara Yuri Gagarin em órbita na Terra. Como se viu, 28 anos depois o que ruiu foi o comunismo e a URSS.
Hoje novamente se fala que é o fim dos EUA como superpotência e o início da China. Não é. Os Estados Unidos da América sempre se fortaleceram em suas crises, corrigiram rumos e avançaram, sempre mais. A crise atual é apenas mais um desses processos que fazem da nação americana o que ela é: exemplo de Democracia e Liberdade para o planeta inteiro.
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