sábado, 6 de agosto de 2011

O rebaixamento do risco da dívida não significa que os EUA estão em decadência

Alguns setores da imprensa e da política estão tratando o rebaixamento da classificação de risco da dívida dos EUA em um tom alarmista muito acima do que essa atitude da Standard &Poor’s efetivamente representa. Primeiro, o Tesouro dos EUA caiu de AAA para AA+, ou seja, continua tendo uma nota altíssima.

Rebaixamento da dívida dos EUA

Ocorre que, mesmo sendo uma nota elevada, ela é menor que o AAA, e isso representa dinheiro, pois os EUA, agora, terão que pagar mais juros para rolar seus papéis, o que na situação fiscal que se encontra o Tesouro americano, evidentemente, não é uma boa notícia.

Prédio do Tesouro dos EUA

Por outro lado, o reflexo concreto para os atuais detentores de títulos dos EUA, com Brasil, China, Japão, entre outros, é que esses papéis passam a valer menos. Nos próximos dias haverá provavelmente algumas oscilações nos mercados financeiros até o novo preço desses papéis acharem o equilíbrio. Os dois gráficos abaixo, vindos do Blog do Kleber, mostram os países Grau de Investimento.

Países com classificação de risco - Investimento

E, logo abaixo, temos os que têm dívidas classificadas como Grau Especulativo.

países com classificação de dívida - Especulativo


Alguns economistas estão considerando que o rebaixamento dos EUA se deve a impressão decorrente do imbróglio entre Democratas e Republicanos no Congresso para elevar o teto de endividamento, o que evidenciou uma situação de risco político que não estava presente nas análises anteriores.

Hotel remanescente da Guerra Civil - EUA

De qualquer forma, os Estados Unidos da América continuam sendo os Estados Unidos da América que tanto amamos e admiramos. Os EUA não acabaram em 1861 quando o Sul venceu uma batalha na Guerra Civil. Quatro anos depois o Norte saiu vitorioso e a escravidão chegou ao fim.

Muro de Berlim

Os EUA também não acabaram na década de 30 do século XX, no auge da Depressão, que catapultou o desemprego para 25% e PIB caiu 47%. Novamente em 1961 os EUA pareciam superados pela União Soviética que lançara Yuri Gagarin em órbita na Terra. Como se viu, 28 anos depois o que ruiu foi o comunismo e a URSS.

Nova York - 1929

Hoje novamente se fala que é o fim dos EUA como superpotência e o início da China. Não é. Os Estados Unidos da América sempre se fortaleceram em suas crises, corrigiram rumos e avançaram, sempre mais. A crise atual é apenas mais um desses processos que fazem da nação americana o que ela é: exemplo de Democracia e Liberdade para o planeta inteiro.

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