Uma reportagem do IG Finanças Pessoais aponta que os investidores representam até 70% das compras de alguns empreendimentos imobiliários em São Paulo, de olho na valorização e na possibilidade de locação, fazendo com que o consumidor final, aquele que compra para morar, seja minoria nos lançamentos de 1 quarto em São Paulo.
É importante considerar que isso, em hipótese alguma, significa que os preços de imóveis estão inadequados ou que têm bolha, quando menos, pelo fato de que investidores do mercado imobiliário sempre existiram, e os preços só subiram de forma mais expressiva de 2008 para cá, refletindo novas condições de mercado, e não aumento de investidores.
Além disso, como fica claro na reportagem, os 70% de investidores, que vão desde aqueles que compram várias unidades, como aqueles pequenos que compram um para a aposentadoria, não irão se desfazer de suas unidades no futuro, pois são investidores pensando em colocar essas unidades para aluguel.
Tanto é assim que os investidores compram os imóveis nos bairros onde há maior procura por locação, como é o caso de coração da zona sul, em bairros como Vila Mariana ou Vila Madalena. Nesses bairros, assim como outros mais centrais, como Santa Cecília, é natural uma grande quantidade de investidores, e, diga-se de passagem, sempre foi assim.
Os edifícios de flats nos Jardins, sobretudo, estão todos alugados e foram comprados há alguns anos atrás por investidores, e nem por isso os preços ficaram inflacionados.
Objetivo é o aluguel
A reportagem em questão também informa uma estimativa que aponta metade dos compradores de 1 dormitório é investidor, sendo que tais investidores irão direcionar o produto para o mercado futuro de locação.
Diante desse quadro, aqueles que acham que existe um bolha de preços no mercado imobiliário brasileiro podem deixar de comemorar a notícia pois os investidores não sustentam bolha imobiliária nenhuma. São apenas pessoas comprando um imóvel para alugar no futuro, ou, em menor proporção, para vender quando o imóvel estiver pronto, aproveitando a valorização que ocorre durante a obra.
Esse tipo de investidor sempre existiu no mercado e é absolutamente saudável que seja assim, pois permite um financiamento do mercado e a construção de novos empreendimentos, abastecendo a demanda por imóveis tanto de compra como de locação.
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