A combinação de gastos públicos excessivos, incentivo ao endividamento irresponsável, crescimento do tamanho do estado com a contratação de milhares de funcionários públicos e afagos a setores escolhidos para receber aportes bilionários do BNDES é, em termos fundamentais, a essência da política econômica do governo Lula/Dilma.
A expansão da economia chinesa, com a disparada dos preços das matérias primas exportadas pelo Brasil turbinou a economia brasileira e fez parecer, para grande parte da população, que esse modelo de crescimento era virtuoso.
Ocorre que intervenções dessa magnitude do estado na economia de mercado levam, inexoravelmente, à desequilíbrios que uma hora terão que ser ajustados. Esses desequilíbrios são "falhas geológicas" nos fundamentos da economia, conforme aponta o economista indiano Raghuram Rajan, ex-economista-chefe do FMI e professor da Universidade de Chicago.
Segundo ele, os altos gastos do governo federal e a política de concessão de crédito via BNDES podem causar "falhas geológicas" na economia brasileira, que poderão se transformar em rachaduras se a política fiscal continuar expansionista para manter o crescimento do país.
Rajan aponta que seria melhor desenvolver mais o setor financeiro para que os bancos pudessem realizar empréstimos com 'spreads' [diferença entre a taxa de captação paga pelos bancos para obter recursos e a cobrado dos consumidores] menores.
É claro que essa seria uma política econômica adequada, pois assim o crédito no Brasil seria direcionado segundo critérios de mercado, buscando a maximização de seu retorno, e não com base em critérios políticos, com a finalidade de turbinar candidaturas de apaniguados políticos.
O problema é que o Brasil ainda não chegou a esse nível de maturidade institucional. Por aqui ainda se acredita que o estado forte, com um governo que briga com bancos obrigando-os a baixar os juros é o que vai resolver o problema. Ainda precisamos de muitos anos, e muitas crises, até compreendermos que o governo é, em geral, a causa fundamental de todos os problemas econômicos.
Com informações: BOL
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