Bolha Imobiliária? Construtoras vivem bom momento na Bovespa

O COPOM reduziu a SELIC para 7,25% e, como sabemos, juros menores favorecem o setor imobiliário duplamente, pois, por um lado levam a uma maior expansão do PIB, e, por outro, reduzem os custos do financiamento imobiliário. Com financiamento mais barato, a demanda por imóveis deve subir, e, consequentemente, seu preço.

Assim, refletindo essas melhores expectativas para o setor de construção civil, as ações das construtoras têm observado uma valorização nos últimos dias, com os papéis da Gafisa (GFSA3) liderando o processo, com ganhos, só hoje, de 8,50%.

Além da redução dos juros, outro fator que vem estimulando o setor de construção civil são os balanços - algo que tem impulsionado os papéis de empresas como Rossi Residencial (RSID3) Brookfield (BISA3).

Outra empresa que vem se destacando no mercado é a EzTec (EZTC3), que fechou o terceiro trimestre com vendas contratadas de R$ 275,5 milhões, crescimento de 70,6% ante o mesmo período do ano passado.

Esse bom resultado dos papéis das construtoras na Bolsa de Valores antecipa a aceleração que deve ser observada no mercado imobiliário brasileiro a partir do último trimestre de 2012 e o começo de 2013, quando os preços devem observar também um processo de valorização mais intenso que o verificado em 2011.

Conclusão

Os sinais de recuperação mais forte do mercado imobiliário vêm surgindo com frequência cada vez maior. Ontem, uma coordenadora da FGV refutou os riscos de uma bolha imobiliária no Brasil, e agora o mercado financeiro começa a valorizar as empresas de construção acima da média. Tudo isso apenas confirma nossa tese de que os preços de imóveis em 2013 irão subir ainda mais, e, quem não comprar imóvel agora, irá pagar mais caro no futuro. 

Ou: quem, como o casal acima, está esperando por uma bolha miraculosa estourando e reduzindo os preços, vai ter que encarar preços ainda mais elevados que os de hoje.