O crédito para a compra da casa própria bateu recorde em 2012. A Caixa Econômica Federal concedeu um volume de R$ 101 bilhões para empréstimos imobiliários. Houve um crescimento de 33,8% em relação ao ano anterior (2011) quando a disponibilidade de recursos atingiu R$ 75,4 bilhões. Diante do aquecimento do mercado, a projeção para 2013 é ainda mais otimista. O banco estima que as contratações cheguem a R$ 120 bilhões.
Em 2012 a caderneta de poupança registrou a maior captação líquida desde 1995 – ano em que o Banco Central passou a fazer o acompanhamento -, e os depósitos superaram os saques em R$ 49,719 bilhões, a expectativa segue altamente positiva para o setor de empréstimos imobiliários.
Segundo o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) Octavio de Lazari Júnior. “O crédito imobiliário ganha peso no Brasil, e esta é uma situação que veio para ficar. Ele está pronto para uma expansão mais forte do ritmo de operações, baseada em instituições financeiras sólidas e empresas imobiliárias capitalizadas, além de oferta satisfatória de crédito, custos de transação baixos e condições adequadas de competitividade, incluindo instrumental jurídico sólido”, avalia.
O executivo complementa sua análise explicando o porquê de os empréstimos imobiliários terem batido recorde no ano passado. “Destacaram-se, em 2012, os financiamentos destinados às pessoas físicas, que em muitos casos haviam adquirido o imóvel na planta e agora estão contratando o crédito”, disse.
Octavio de Lazari Júnior também vê como positivo o fato de ter caído a participação das pessoas jurídicas no crédito imobiliário. “Longe de ser má notícia, isso indica normalização após os problemas conhecidos de custos e mão de obra, entre outros. Deve ser vista, portanto, como sinal do grau de maturidade de incorporadores e construtores, que após uma fase de transição preparam-se para um novo salto e para a retomada dos lançamentos em 2013″, complementa.
O presidente da Abecip, seguindo as projeções da Caixa Econômica Federal, aposta que os financiamentos imobiliários crescerão de 15% a 20% em 2013. “A estabilização em curso dos preços dos imóveis será muito favorável para a qualidade do crédito, além da baixíssima inadimplência verificada no SBPE”, diz.
Dados mais recentes do Banco Central demonstram que a falta de pagamento dos financiamentos, de fato, é baixa. O BC considera em atraso contratos com três meses seguidos sem pagamento. Por esse critério, a inadimplência no volume total de créditos via operações com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) é de 5,36% – a menor desde 2002.
Fonte: Massa Cinzenta
5,36% não é um número tão pequeno assim.
ResponderExcluirE outra, é claro que o volume de crédito vai aumentar, tanto pelo motivo dito na reportagem quanto pelo fato do ticket médio dos imóveis terem aumentado.
Em 2011 eu tenho 100 imóveis custando 100 mil, o total de crédito concedido é de 10 milhões. Em 2012 eu tenho 80 imóveis custando 150 mil. O total de crédito concedido é 12 milhões. Ou seja, houve um aumento de 20% no crédito de um ano para o outro, mas uma redução de 20% no número de unidades comercializadas, o que é ruim.
Renda oriunda de juros é concentradora, renda oriunda de produção é distribuidora.
Vamos ver o que essas distorções vão causar daqui a uns 10 anos.
Lembre-se que os efeitos do Real, instituído em 1994 só começaram a ser sentidos em 2004. Os efeitos deste crédito enlouquecido desde 2010 só começará a ser sentido em 2017 ou perto de 2020.
E não será nada bom o efeito.
O aumento no VOLUME de crédito não significa que MAIS pessoas compraram MAIS imóveis, só significa que pegaram mais dinheiro emprestado.
ResponderExcluirFavor traga números relativos ao número de imóveis financiados.
Enquanto a inadimplência estiver baixa o mercado imobiliário continuará aquecido. Crescimento do crédito é normal, mas achei 20% muito otimista.
ResponderExcluir"Enquanto a inadimplência estiver baixa" onde??
ResponderExcluirSe a bolha não existe, porque discutir tanto?
ResponderExcluirEu não acredito em Fantasmas, e é por isso que eu não fico criando artigos "Where are the ghosts?"
O que acredito é que o preço de TUDO aqui no Brasil, inclusive imóveis, está muito, mas MUUUITO além do real poder de compra da grande maioria da população.
ResponderExcluirAlguém acredita que a inflação real está um 1 dígito apenas como é divulgado?
Alguém acredita que os rendimentos estão acompanhando os preços?
É só o desemprego aqui aumentar um pouquinho (setor automotivo e construção sobrevive até no máximo 2015-2016) e o castelo de ilusão vai por água abaixo.