Comparando os meses de janeiro de 2012. e de 2013, as vendas de imóveis novos na cidade de São Paulo caíram 20,6%, enquanto os lançamentos diminuíram 2,1%, segundo o sindicato da habitação (Secovi). Os números são melhores no conjunto da região metropolitana (capital mais 38 cidades da Grande São Paulo), com o crescimento das vendas atingindo 11,5% no período. Sazonalmente, o primeiro trimestre costuma ser fraco para o setor imobiliário, mas, além disso, não parecem ter sido removidos os principais entraves ao setor.
O ano passado foi caracterizado pela conclusão de empreendimentos e pela redução de estoques. A retomada prevista para este ano depende não apenas da demanda, mas da existência de áreas adequadas aos novos lançamentos, do poder aquisitivo dos mutuários finais e das condições gerais da economia. As três hipóteses não estão plenamente satisfeitas, pois, em média, os preços pedidos subiram mais do que os salários, muitos compradores estão endividados e o ritmo geral das atividades é lento.
Um ingrediente necessário, mas insuficiente para a retomada, é a oferta de crédito. Grandes bancos esperam alta de 30% na oferta de crédito. Entre os meios que assegurariam esse crescimento estaria a elevação do teto dos financiamentos pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) de R$ 500 mil para R$ 750 mil, proposta ao governo por agentes financeiros privados e públicos, como a Caixa Econômica Federal (CEF). Isso facilitaria a comercialização de imóveis para a classe média nas metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro.
A questão central parece ser a da disposição do comprador de tomar crédito para adquirir imóvel novo ou trocar o imóvel. No regime (passado) de juros reais elevados, era maior a possibilidade de assumir prestações altas, quando o mutuário tinha reservas financeiras bem remuneradas. Agora, nem a perspectiva de valorização dos imóveis, como ocorreu nos últimos anos, continua presente, o que é um desestímulo a mais.
Uma análise divulgada ontem pelo departamento de economia do Bradesco mostrou um recuo trimestral de 9,5% nas vendas de imóveis na capital, numa comparação que elimina os efeitos sazonais. Mas o índice de velocidade das vendas cresceu em relação a dezembro - um fato positivo.
O comportamento das construtoras parece essencial para a recuperação, pois poucas divulgaram balanços favoráveis relativos a 2012. Embora os empreendedores imobiliários continuem otimistas, é provável que prefiram evitar riscos excessivos.
Olá Kássia,
ResponderExcluirAcompanho o seu blog e o bolhaimobiliaria.com há muito tempo pois sempre gosto de ouvir os dois lados de qualquer discussão e sei que você tem um posicionamento totalmente diferente do que se lê por lá. Não entro no mérito de quem está certo ou errado. Na minha opinião as coisas não vão bem como você diz, mas também não acho que vá acontecer a quebradeira geral (50-60%) que estão esperando. Atualmente acredito na manutenção dos preços atuais (o que seria uma queda, considerando a inflação) ou eventualmente um ajuste para baixo.
Tenho procurado coberturas na faixa de R$ 1 milhão (cash) na cidade onde moro e noto que a maioria daquelas que estão pedindo R$ 1,2 milhões tem se mostrado abertos a propostas de R$ 1 milhão ou até R$ 950 mil.
Qual é o balanço que você faz da notícia acima ?
Sds.
Interessante, uma chamada falando de lenta retomada e a notícia em si só trazendo notícias ruins. Depois os outros é quem são os tendenciosos rs
ResponderExcluirKássia como você analisa os preços no mercado imobiliário de Brasília?
ResponderExcluirAcompanho os preços no Setor Noroeste desde o lançamento, quando cotaram os primeiros imóveis na faixa de 8.000, isto em 2009. Os preços subiram para 10.000 até 12.000, e ainda houve especulações de que chegaria em 20.000 em 2014, segundo especialistas de grandes empresas da cidade. No entanto, estamos em 2013 e os preços ao invés de subirem para perto de 20.000, estão caindo, e já recebi ofertas de imóveis por R$ 8.000, ou seja os mesmos preços de 2009.
Isto não seria a confirmação do estouro de uma bolha imobiliária?
Afinal de contas, as previsões anteriores eram de que o mercado era aquecido, de que a renda das famílias era crescente, de que o mercado imobiliário estava de vento em popa, e de que os preços não caem.
Frederico Demartini Gomes Freitas Jr.
Vi os seus vídeos relacionados a bolha imobiliaria.
ResponderExcluirSão hilários. Rachei o bico. Parabéns pela criatividade.